É comum ouvir falar sobre judaísmo e cristianismo como religiões antagônicas. Que não tem vínculo nenhum! E a partir desta colocação surge a visão distorcida de que a Palavra se divide em Antigo Testamento exclusivo para os judeus e o Novo Testamento exclusivo para os cristãos. Que a Tanakh, Antigo Testamento não serve de cunho doutrinário para a Igreja e que a Brit Hadashá, Novo Testamento não tem bases judaicas.
Acho um absurdo o extremismo daqueles que crucificam o cristianismo e denigrem o judaísmo. Vejo tudo isso como uma forma de desequilíbrio emocional, racional e religioso.
Quando paramos para pensar um pouquinho veremos que Yeshua, Jesus, não veio para criar uma nova religião, o cristianismo, e que nunca deixou de ser judeu. Embora não tenha criado o cristianismo, o cristianismo foi criado n’Ele e para que através d’Ele houvesse o resgate daqueles que estavam e estão perdidos no império das trevas.
E mais, Ele, Yeshua, nunca deixou de se revelar ao mundo através de sua Igreja, intitulada Cristã. O cristianismo com bases nos princípios que D’us deu a Israel através da Torah, profetas e escritos faz dele um instrumento de transformação de uma sociedade.
Sociedade esta que tem sido destruída por não ter princípios firmados na verdade única que é Yeshua, Jesus.
Os radicais cristãos tendem a denegrir a imagem do judaísmo, dizendo que foram os judeus quem matou Yeshua. E por outro lado, os extremistas judeus massacram os cristãos por crerem num messias que para eles, judeus, é falso!
Embora Yeshua não tivesse criado o termo CRISTIANISMO, não vejo pecado, ou erro doutrinário no referido termo. O cristianismo atuante, vivo e restaurador faz a diferença! O Cristianismo sendo utilizado por pessoas que se sujeitam a sofrer transformações em suas vidas, gerando assim seres capazes de se darem a entrega e terem suas mentes transformadas pela renovação através da Palavra. E como resultado a recuperação da sociedade!
Um Cristianismo vindo da unção de Yeshua, como a própria etimologia da palavra a descreve. Cristianismo que vem de cristo, termo grego para a palavra ungido que em hebraico é messias. Não um cristianismo soberbo, totalitário e incapaz de auxiliar o próximo, ainda que este seja seu amigo ou irmão.
Não, um Cristianismo cuja raiz está em Yeshua, o qual em Apocalipse se descreve como a raiz de Davi, um judeu. Onde gentios e judeus possam entrar na mesma sinagoga e ou igreja e ao único D’us adorarem através de Yeshua, Jesus. Sem haver constrangimentos de ambas as partes. E tendo em seus corações o amor ao próximo ainda que este seja o seu inimigo.
O judaísmo não poderá reinar no reino vindouro se não olhar para Yeshua, o cabeça da Igreja Cristã, e o cristianismo da mesma forma não poderá reinar no reino vindouro se não olhar para Yeshua, o messias judeu.
Que haja um mesmo olhar, um mesmo foco. Yeshua, o ungido, o messias enviado por D’us que nos constrange a nos rendermos diante do Pai e dizermos: Eis nos aqui!
Que não haja mais separações entre judeus e cristãos, e que ambos vejam que tanto o judaísmo quanto o cristianismo só tem valor se Yeshua, Jesus, for o cabeça dos dois.
Shalom
Everson Tavares,diácono.
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