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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Se o Nosso Morrer for uma Disciplina?





John Piper é um dos ministros e autores cristãos mais proeminentes e atuantes dos dias atuais, atingindo com suas publicações e mensagens milhões de pessoas em todo o mundo. Ele exerce seu ministério pastoral na Bethlehem Baptist Church, em Minneapolis, MN, nos EUA desde 1980.


Meditação em 1 Coríntios 11.29-32
Viver para Cristo é bastante árduo. No entanto, morrer para Cristo é também muito difícil. Precisamos de toda ajuda que pudermos obter. É uma questão de fé. Confiaremos nEle até ao fim? Descansaremos em sua graça ou entraremos em pânico, imaginando que somos destinados ao inferno? Saberemos lidar com o medo de que o nosso morrer é um castigo e o prelúdio de algo pior? Oh! quantas dúvidas plantadas pelo diabo! Temos de aprender como repeli-lo com a espada do Espírito, a Palavra de Deus. Esta é outra parte de nossa defesa.

Suponhamos que pecamos realmente de um modo negligente e que desagradamos a Deus. Suponhamos também que sejamos "disciplinados" e "julgados" pelo Senhor, por consequência desse pecado, e que Ele nos envie uma doença. Cuidado! Eu não estou dizendo que sejamos "punidos" no sentido de sofrermos a penalidade do pecado. Cristo suportou a penalidade de todos os nossos pecados, na cruz: "Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados" (1 Pedro 2.24). Porém, usei a palavra "disciplinados" no sentido de repreensão, correção, purificação e preservação de pecados piores. "O Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe" (Hebreus 12.6).

Mas, o que você diz sobre a morte? Deus nos removeria por meio da morte como parte de sua disciplina? O apóstolo Paulo afirmou que, às vezes, Deus faz isso. Ao lidar com os pecados cometidos na Ceia do Senhor, Paulo escreveu:

Quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem[ou seja, que morreram]. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor,para não sermos condenados com o mundo" (1 Coríntios 11.29-32).

Em outras palavras, ficar doente, fraco e, até, morrer são formas de disciplinas do Senhor. O objetivo não é a condenação. Isso aconteceu na cruz. Para nós, não há "nenhuma condenação" (Romanos 8.1). O objetivo é "não sermos condenados com o mundo" (1 Coríntios 11.32). Em outras palavras, a morte é, às vezes, um livramento disciplinar que visa salvar-nos da condenação. "Há entre vós... não poucos que dormem [ou seja, que morreram]... para não sermos condenados com o mundo."

É claro que essa não é a razão de todas as mortes dos preciosos santos de Deus. Não conclua imediatamente que sua doença ou a sua morte se deve a uma trajetória de pecado, da qual você tem de ser libertado. Mas suponha que isso pode ser o que está acontecendo.

Isto é encorajador? Pensar nisto o ajudará a morrer mais tranquilo, com mais fé e esperança? Minha resposta é que todo o ensino da Bíblia tem como alvo ajudá-lo a morrer, bem como ser um encorajamento para a fé, à luz da verdade (Romanos 15.4).

Então, como esta verdade nos fortalece, para que tenhamos uma morte cheia de esperança? Talvez assim. O pensamento de que somos pecadores não é uma grande ameaça à nossa paz? O pensamento de que Deus é soberano e de que Ele poderia remover a doença, se quisesse, não nos ameaça com sentimentos de temor, quando sabemos que, se a doença permanece, Ele deve estar agindo contra nós? E como lidaremos com esses temores, quando sabemos que somos realmente pecadores e que a corrupção ainda permanece em nós? Nesses momentos, buscamos algum encorajamento na Bíblia mostrando-nos que Deus está disposto a salvar crentes que pecaram e são muito imperfeitos.

No entanto, sabemos que Deus é santo e odeia o pecado, até o pecado cometido por seus filhos. Também sabemos que Ele disciplina seus filhos fazendo-os passar por experiências dolorosas (Hebreus 12.11). Não somos daqueles que afirmam que Deus não tem qualquer relação com as experiências dolorosas da vida. Por isso, buscamos ajuda e esperança na Palavra de Deus, a qual é completamente realista. E achamos em 1 Coríntios 11.32 que a morte dos santos — a morte que é disciplina e julgamento — nãoé condenação, e sim salvação. Deus está tirando a vida do crente que está em pecado, porque o ama tanto que não permitirá que ele continue no pecado.

Isto é um poderoso encorajamento. Não é fácil de entendermos, nem é ensinado frequentemente. Mas é uma rocha firme. O que isto diz a todos nós é o seguinte: não precisamos estar certos de que o tempo de nossa morte se deve ao nosso pecado, ou à crueldade de Satanás (Apocalipse 2.10), ou a outros propósitos de Deus. O que precisamos realmente é a profunda segurança de que, se a nossa morte resultar de nossa tolice e pecado, podemos descansar tranquilamente no amor de Deus. Nesses momentos, estas palavras serão extremamente preciosas: "Somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo". Deste modo, aprendemos a morrer tranquilos.

Fonte: Extraído do livro: Provai e Vede - 2008 - Editora Fiel (páginas 44-46).
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Justificação

D. M. Lloyd Jones

Justificação não significa meramente perdão. Inclui o perdão; no entanto, é muitíssimo maior do que este. Além disso, a justificação afirma que Deus nos declara completamente inocentes, considerando-nos pessoas que jamais pecaram. Ele nos proclama justos e santos. Agindo assim, Deus está refutando qualquer acusação que a lei faça contra nós. Não é apenas o juiz, no tribunal, asseverando que o réu está perdoado, mas declarando-o uma PESSOA JUSTA E INOCENTE. Ao justificar-nos, Deus nos informa que removeu nosso pecado e culpa, imputando-os, ou seja, lan- çando-os na conta do Senhor Jesus Cristo, castigando- os nEle. Deus também anuncia que, fazendo isso, lança em nossa conta (ou seja, imputa-nos) a perfeita justiça de seu querido Filho. O Senhor Jesus Cristo obedeceu completamente a Lei; jamais a transgrediu em algum aspecto, satisfazendo-a em todas as suas exigências. Esta completa obediência constitui a justiça dEle. O que Deus faz ao justificar-nos é lançar em nossa conta (ou seja, imputar-nos) a justiça do Senhor Jesus Cristo. Ao declarar-nos justificados, Deus proclama que nos vê não mais como realmente somos, e sim como pessoas vestidas da justiça de Cristo. Um hino escrito pelo conde Zinzendorf expressa deste modo a justificação: 

Jesus, tua veste de justiça É agora minha beleza; minha gloriosa vestimenta. Entre os mundos flamejantes, Envolvido em tua justiça, com alegria eu Te exaltarei.





quarta-feira, 8 de agosto de 2012

6 Marcas de um Pastor Atemorizado Diante de Deus



 

6 Marcas de um Pastor Atemorizado Diante de Deus

 

Paul Tripp


Paul Tripp é o presidente de Paul Tripp Ministries, organização sem fins lucrativos cujo slogan de missão é "Conectando o poder transformador de Jesus Cristo à vida diária". É também professor de vida e cuidado pastoral no Redeemer Seminary, em Dallas (Texas), e diretor executivo do Center for Pastoral life and Care, em Fort Worth (Texas). É casado há muitos anos com Luella, e têm quatro filhos adultos.

Quais os sinais que se produzem no coração de um pastor atemorizado diante de Deus, que são vitais para um ministério eficaz, produtivo e que honra a Deus?

1. Humildade

Não há nada que se compare ao estar indefeso diante da maravilhosa glória de Deus, para colocar-lhe em seu devido lugar, para corrigir a maneira com que você se vê pessoalmente, para arrancar-lhe da sua arrogância funcional, e para tirar-lhe o vento das velas da sua justiça própria. Diante de Sua glória, eu me sinto despido, sem qualquer glória que ainda possa restar-me a fim de que eu possa exibir-me diante de outros. Enquanto eu me compare com outros, poderei sempre encontrar outra pessoa cuja existência parece fazer-me, por comparação, mais justo. Mas se eu comparar meus panos imundos ao puro linho, eternamente sem manchas, da justiça de Deus, eu correria a esconder-me com um coração dilacerado e envergonhado.
E isto foi o que aconteceu com Isaías no capítulo seis. Ele está diante do majestoso trono da glória de Deus e diz: "Ai de mim! Estou perdido! Porque sou um homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos." (Isaías 6:5). Isaías não está falando aqui em termos de uma formal hipérbole religiosa. Ele não está buscando tornar-se agradável diante de Deus por mostrar-se "ó, tão humilde". Não; Isaías aprendeu que só à luz da colossal glória e santidade de Deus, é que você poderá ter uma visão exata e correta de si mesmo e entender a profunda necessidade de ser resgatado com o resgate que só a graça gloriosa de Deus poderá prover-lhe.
Com o correr do tempo durante sua vida ministerial, muitos pastores chegam a se esquecerem de quem são eles. Têm uma visão inchada, destorcida, grandiosa de si mesmos, que os mantêm altamente inacessíveis, e que lhes permitem justificar seus pensamentos, seus desejos, as coisas que dizem, e a fazerem aquilo que, biblicamente, não é justificável fazer. Eu já "estive lá" e, de quando em quando, caio outra vez no mesmo erro. Em ocasiões como essas, eu tenho que ser resgatado de mim mesmo. Quando você está sobremodo maravilhado de si mesmo, você se posiciona para ser hipócrita, controlador, super confiante, e um autocrata eclesiástico extremamente crítico. Você, inadvertidamente, constrói um reino em cujo trono você mesmo se assenta, não importa o quanto afirme que tudo o que você faz, o faz para a glória de Deus.

2. Sensibilidade

A humildade, que só este sentir atemorizante de Deus pode produzir no meu coração, cria em mim, sensibilidade pastoral para com as pessoas que carecem da mesma graça. Ninguém pode compartilhar graça melhor do que aquele que está profundamente convencido de que ele mesmo necessita esta graça, e a recebe de Cristo. Esta sensibilidade me faz afável, gentil, paciente, compreensivo e esperançoso diante do pecado alheio, sem nunca comprometer o chamamento santo de Deus. Protege-me de estimativas como "... não acredito que você pudesse fazer uma coisa dessas!," o que, diga-se, me faz essencialmente diferente de todos os demais. É difícil apresentar o Evangelho a alguém, quando você está contemplando esse alguém, com superioridade. Confrontar os pecados dos outros com uma sensibilidade inspirada em meu assombro diante Deus, me livra de ser um agente de condenação, ou de esperar que a lei cumpra aquilo que somente a graça pode cumprir, e me motiva a ser um instrumento dessa graça.

3. Paixão

Não importa o que está funcionando, ou o que não está funcionando bem em meu ministério, não importa quais as dificuldades que eu esteja vivendo, ou tampouco importa as lutas pelas quais eu esteja passando, a influente glória de Deus me anima a levantar-me pela manhã e fazer aquilo para o qual fui dotado e chamado para fazer, e faze-lo com entusiasmo, coragem e confiança. Minha alegria não se deixa maniatar pelas circunstâncias ou pelos relacionamentos, e meu coração não é tomado por qualquer direção em que ditas circunstâncias e relacionamentos o queiram levar. Tenho toda razão para alegrar-me porque sou um filho escolhido, e um servo recrutado pelo Rei dos reis, e Senhor dos senhores, o grande Criador, o Salvador, e meu Chefe. Ele está sempre perto e é sempre fiel. Minha paixão pelo ministério não depende de como eu esteja sendo recebido. Minha paixão flui da realidade de que eu fui recebido por Ele. Não me entusiasmo porque as pessoas possam gostar de mim, mas porque Ele me tem aceitado e me tem enviado. Não estou apaixonado por meu ministério, por ser, o ministério, algo glorioso, mas sim porque Deus é eternamente e imutavelmente glorioso. Assim eu prego, ensino, aconselho, lidero e sirvo com uma paixão evangélica que inspire e acenda o mesmo sentir naqueles ao meu redor.

4. Confiança

Confiança - aquele sentimento de bem-estar e de capacitação, me vem de conhecer Aquele a quem sirvo. Ele é minha confiança e minha habilidade. Ele nunca irá chamar-me para uma tarefa para a qual não me tenha capacitado. Ele tem mais zelo pela saúde de sua igreja do que eu jamais poderia ter. Ninguém tem maior interesse no uso dos meus dons do que Aquele que me outorgou ditos dons. Ele está sempre presente e sempre de boa vontade. Ele é todo-poderoso e todo omnisciente. Ele é ilimitado em amor e glorioso em sua graça. Ele não muda; para sempre é fiel. Sua Palavra nunca cessará de ser a verdade. Seu poder para salvar nunca será exaurido. Seu governo nunca deixará de existir. Nunca será conquistado por algo maior do que Ele mesmo. Assim, eu posso fazer com confiança tudo o que Ele me chamou para fazer, não em virtude de quem eu seja, mas porque Ele é o meu Pai, e é glorioso em todos os aspectos, em todos o sentidos.

5. Disciplina

O ministério pastoral, nem sempre é glorioso. Muitas vezes as suas expectações ingénuas, são apenas isso – ingenuidade. E algumas vezes se levará mais do que um ministério de sucesso e a apreciação do povo para arrancar-lhe da cama e cumprir o seu chamado. Outras vezes você não verá muitos frutos como o resultado de seus esforços e tampouco terá muitas esperanças de uma colheita breve e abundante. Algumas vezes você se verá traído e se sentirá sozinho. Então, a sua disciplina precisa estar arraigada em alguma coisa mais profunda do que sua avaliação horizontal de como as coisas pareçam estar caminhando. Eu estou cada vez mais convencido, em minha própria vida, de que uma auto-disciplina robusta e firme, do tipo essencial para um ministério pastoral, está solidificada na adoração. A gloriosa existência de Deus, Seu caráter, Seu plano, Sua presença, Suas promessas e Sua graça, me fornecem a motivação para trabalhar com ardor e nunca desistir, sem importar-me se estamos vivendo sob um tempo de amenidade, ou se estamos sob uma época tempestuosa.

6. Repouso

Finalmente, enquanto contemplo minha própria fraqueza e os distúrbios da igreja local, o que poderá trazer verdadeiro repouso ao meu coração? A Glória! Esta lhe dará repouso. É o conhecimento de que nada é tão difícil para o Deus a quem você serve. É a segurança de que todas as coisas são possíveis para Ele. É saber, como Abraão, que Aquele que fez todas aquelas promessas, é fiel para cumpri-las. Ainda que pareça haver múltiplas razões no nível horizontal para fazer-nos ansiosos, eu não permitirei que meu coração seja raptado por preocupação ou medo, porque o Deus de inestimável glória, que me tem enviado, Ele mesmo prometeu: "Eu serei contigo." Eu não tenho que fazer joguinhos mentais comigo mesmo. Eu não tenho que negar, nem minimizar a realidade a fim de que me sinta bem, porque Ele já tem invadido minha existência com Sua glória, e eu posso descansar até mesmo, e de certa forma, no conceito truncado do "já" e do "não ainda" cumprido e realizado.

Recuperando nossa perplexidade diante de Deus

Em conclusão, eu não tenho uma fórmula de estratégias para lhe oferecer. Mas lhe aconselho a correr agora, e correr rapidamente ao seu Pai de aterrorizante glória. Confesse a ofensa do seu tédio ministerial. Ore e peça por olhos abertos aos 360 graus, 24 horas por dia, 7 dias por semana, para que você veja a exibição da glória à qual você tem estado cego. Determine-se dedicar uma porção de cada dia para meditar na glória de Deus. Clame, busque com vigor a ajuda de outros e lembre-se de estar agradecido por Jesus quem lhe oferece Sua graça, mesmo ainda naqueles momentos quando essa graça não é, nem no mínimo, gloriosamente valiosa para você como deveria ser.

Fonte: The Gospel Coalition
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A música e o ambiente


É fato que a música tem um poder inebriante em nossas vidas e isso indiferi se somos ricos ou pobres, brancos ou negros, nativos ou estrangeiros.  O poder que ela tem transcende até mesmo as culturas e nações. Ela é uma dádiva de Deus para fazer do ser humano mais humano. Esta é, em minha opinião, um dos valores da música.
Já dizia H. R. Rookmaaker em seu livro A Arte Não Precisa de Justificativa, que “As coisas têm valor por aquilo que são, e não pelas funções que exercem, por mais que estas sejam importantes.”
O valor de uma boa música não tem preço. Ela atinge nossa alma e nos faz divagar em nossos pensamentos e lembranças de algo que fizemos ou não. Que experimentamos ou não. Lembramos e até sentimos o perfume de momentos maravilhoso que tivemos.
A música tem sim o seu ambiente. Não iríamos ser incoerente e colocar uma canção de Vinicius de Moraes num serviço ou culto ao Senhor. Mas também não colocaríamos uma canção do Juliano Son, como por exemplo, Vai valer à pena, num jantar romântico entre marido e esposa.
 Música certa no ambiente certo faz os nossos dias mais alegres, mais produtivos e mais agradáveis. Então, escolha a música certa para o ambiente certo e aprecie o dom de Deus na criação deste dia.
Shalom

Everson Tavares

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O mundanismo segundo Tiago, o apóstolo


Augustus Nicodemus Gomes Lopes é ministro da Igreja Presbiteriana do Brasilteólogo calvinistaprofessor e escritor natural da Paraíba. Desde 2003 é chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, cargo que visa manter a confessionalidade presbiteriana da instituição.



O mundanismo segundo Tiago, o apóstolo

2 objetivos são expostos nesta carta

            1º - Confortar a Igreja judaica messiânica que estava sendo perseguida por judeus não messiânicos, por volta dos séculos 50 e 60.

            2º - Advertir aos irmãos a voltar a praticar aquilo que foi ensinado na comunidade do santos por Jesus e pelos apóstolos. Corrigi-los pela incoerência.
            “O verdadeiro cristianismo não é ouvir sermões, mas ajudar os órfãos, as viúvas e os estrangeiros e não se contaminarem com o mundo” já dizia Tiago: “A fé sem obras é morta”

Definição: Mundanismo é amar o mundo ou viver com base no sistema mundano.

Na história do mundo a Igreja age diferentemente do mundo e infelizmente também age igualmente ao mundo, já dizia Paulo em Romanos 12:02 para não nos conformarmos com este mundo.

Para desmistificar alguns mitos, o mundanismo sempre existiu no ceio da Igreja e vai muito além do pensamento fundamentalista de que mundanismo está na roupa que se usa, no corte de cabelo, na música secular escutada. A grande verdade é que mundanismo é ATITUDE!

Então, neste estudo teremos três pontos a serem analisadas.

            1º - O que é o mundanismo e sua origem?
            2º - Como fazer para nos livrar do mundanismo?
            3º - Três exemplos que são três definições de mundanismo

1º - O que é o mundanismo e sua origem?

Tiago 4:1-4

Amizade ao mundo

I – Ela é a origem de todos os conflitos na existência humana.

Tiago fala em sua carta que os prazeres militam na nossa carne.
a.       Carne não no sentido biológico, mas no sentido de existência humana.
b.      Militar = Fazer guerra
c.       Prazeres = Alguns prazeres positivos são lícitos: ouvir uma boa música, assistir a uma boa peça teatral, degustar uma saborosa comida e o prazer sexual licitamente permitido por Deus no casamento. Mas estes prazeres não podem ser atendidos ou satisfeitos de qualquer forma. Há um lugar, um método, um sistema de Deus que é apropriado para isso.

Mundanismo

É quando nós vivemos para satisfazermos estes prazeres de qualquer maneira. Quando somos orientados nesta vida ao prazer, EDONISMO. Somos EDONISTAS – Filosofia grega – edone = prazer – a razão final e última da existência era o prazer.
Os gregos não estavam tão errados assim, porque a busca do prazer, da alegria, da satisfação e a paz é o que impulsiona o ser humano a fazer o que ele faz. Biblicamente, nosso prazer e razão maiores estão em conhecer a Deus, gozar da Sua presença e obedecer a Sua Palavra. E nosso deleite maior são as realidades espirituais.
            O prazer em si não é pecaminoso, todavia quando ele vira o fim em si mesmo, ele se torna a razão da nossa existência aqui, e ele é entendido ou buscado a parte de Deus aqui, que é a fonte maior da alegria, do prazer e do gozo aqui na terra. Ele se torna a causa do mundanismo. É isso que é ser mundano.
            O que é ser mundano? Buscar este fim principal do homem nos prazeres aqui deste mundo quando, de fato, gozar de Deus, conhecer e gozar de Deus, da Sua presença e do Seu beneficio. Este sim é o fim correto.
            Quando uma pessoa está dirigida para estes prazeres que FAZEM GUERRA na nossa existência – CARNE – querendo ser atendidas. Então, é daí que procedem as guerras e contendas.  Porque as pessoas estão dispostas a tudo para satisfazer estes prazeres e aí elas começam a guerrear porque frequentemente o meu prazer vai implicar no desprezar de outro. Para que eu seja feliz eu vou ter que pisar em alguém. Para que eu detenha aquilo que eu desejo vou ter que passar a perna em alguém, vou ter que enganar alguém ou entristecer alguém.
            Aqui está a origem de todas as guerras e contendas que há no mundo. E isso nunca vai passar. Governos, entidades como ONU, OEA buscam a paz e a solução no lugar errado porque eles não sabem onde está a raiz de todos os problemas. E a raiz de todos os problemas é a NATUREZA PECAMINOSA do homem DIRIGIDA para o EGOÍSMO e a SATISFAÇÃO PESSOAL.  E isto está por detrás de todas as guerras que já existiram. Com raríssimas exceções.
            Conflitos na família, no casamento, com amigos e na igreja. É o mundanismo, ou seja, a busca do prazer como sendo a razão principal de todas as coisas.
                        Ex. “Estou cansado desta mulher... eu mereço ser feliz...Eu tenho o direito de ser feliz!”
E em nome do prazer o ser humano é capaz de quebrar os votos matrimonias e desobedecer a Palavra de Deus. Enfim, se justificando pela busca ao prazer.
Fechamos aqui a definição de mundanismo que é viver para se satisfazer destes prazeres sem levar Deus em consideração.


Tiago 4-2

II – O mundano

O mundano está disposto a fazer qualquer coisa. O mundanismo leva uma pessoa a fazer qualquer coisa para obter qualquer coisa que ela deseja.
            Versículo 2
Cobiçar, matar, invejar, viver a lutar e fazer guerra = Espírito mundano
O mundano é capaz de tudo por aquilo que deseja obter.

III – Deus frequentemente frustra os planos do mundano
            Cobiças e nada tendes, matais e invejais e nada podeis obter, viveis a lutar e a fazer guerras, nada tendes porque não pedis.
            Deus frequentemente frustra os desejos do mundano. E até quando o mundano consegue o que queria ele não fica satisfeito. Nunca é o suficiente pra ele. O coração dele sempre está querendo mais. Por isso, é uma pessoa CONFLITUOSA, PROVOCA RIXAS, CONTENDAS E DISCUSSÕES. O mundanismo é a fonte de todos os problemas na igreja, nas famílias, no casamento, etc.
            É O EGOÍSMO EM BUSCA DA SATISFAÇÃO DOS PRAZERES PESSOAIS!

IV – O mundanismo impede as orações
            Uma das características do mundano é que ele não consegue orar. Versículo 3 – “Pedis e não recebeis”
            Um mundano até ora, porque pode ter sido criado na igreja, frequenta uma igreja. Ele aprende que pode pedir a Deus. Ele pede, mas não recebe porque Deus não costuma atender as orações de mundanos. Por quê? Porque pedem mal! Uma das condições para sermos atendidos por Deus nas nossas orações é primeiro que nós oremos e segundo que oremos da maneira correta. Que busquemos aquilo que está de acordo com a vontade de Deus.
            Quando pedimos coisas para gastarmos, estragarmos ou esbanjarmos em nossos prazeres, de fato, Deus não responde.
            A oração do mundano é cheia de “eus”. “O que tu tens pra mim?” “O que eu quero é isso...ou aquilo...” , “Eu, eu , eu”. Raramente pede por alguém que não seja ele. Ele se preocupa com sua própria vida e vontade. E o resultado é versículo 3.

V – Nos coloca em inimizade com Deus – versículo 4
            Tiago escreve pela primeira vez a palavra MUNDO e o contexto está relacionado aos versículos anteriores.
            * Viver paras os prazeres, viver a lutar contra as pessoas para conseguir as coisas e querem usar a Deus = Características do mundo e do mundano. E esta atitude nos torna “infiéis”, no grego original, adúlteros e adúlteras espirituais. Quando o crente é mundano, ele é acusado de adulterar contra Deus. Ele é acusado de dormir com o inimigo do marido.
            Se uma mulher adultera com um homem estranho é uma coisa, mas se ela adultera com  o inimigo do marido, ela age com requintes de crueldade. Tiago chama o mundano de adultero que dorme com o inimigo de Deus.

Amigos ou inimigos de Deus?

Já temos muitos inimigos espirituais e emocionais para lidar, mas se Deus é por nós, o que ou quem será contra nós?  Mas e se Deus for contra nós? A verdade é que o mundanismo faz Deus ficar contra nós. Quando somos amigos do mundo nos tornamos inimigos de Deus.
            Analise a sua vida. Agimos com mundanos e inimigos de Deus ou filhos obedientes e amigos de Deus.

2º - Como fazer para nos livrar do mundanismo?

Tiago 4:5-10

As armas para lutarmos contra o mundanismo:
            I – A graça de Deus – v6
            II – A humildade – v6

OBS: Em nenhuma parte do AT há a menção do versículo 5
            Os tradutores inseriram “por nós” na tradução e escreveram “espírito” como se fosse o Espírito Santo.
            Só faz sentido com o v6 quando a tradução fica “é com zelo que cobiça o espírito”, daí podemos entender o que Tiago quis dizer ao falar “Antes, Ele dá maior graça”. A graça de Deus é maior do que o desejo, do que a cobiça. Só que esta graça não é dada a todos mas apenas aos humildes.

10 ordens de Tiago, o apóstolo

V7
            Sujeitai-vos
            Resistir ao diabo = o mundanismo tem o diabo por detrás dele, agindo e influenciando.
V8
            Chegai-vos a Deus = relacionamento
            Purificar as mãos = alusão ao ritual judaico, atitudes.
            Limpar o coração = limpar o coração da incerteza, da inconstância, e  do animo dobre.
V9
            Afligir, lamentar, chorar, converte o riso em pranto, a alegria em tristeza = Há lugar para festa mas não quando as coisas não estão bem.  Esta é a hora de repensarmos valores.

V10
            Humilhar na presença de Deus = Centralidade da existência do ser humano.

3 promessas se cumprirmos as 10 ordens
V7-10 – o diabo fugirá de nós, Deus se chegará a nós e seremos exaltados.


3º - Três exemplos que são três definições de mundanismo

I – Maledicência – v11 e 12

            Falar mal do irmão, julgar o próximo. Isso é parte da condição humana decaída onde deseja destruir a reputação alheia.

II – Planejar o futuro sem levar Deus em consideração – v13-17

            O mundanismo é quando fazemos planos para o futuro como se Deus não existisse

III – Viver para os prazeres – Cap 5, v1-6

            Viver para os prazeres passando por cima de tudo e de todos


Tiago condena quando vivemos como mundano.

Examine o seu coração e cresça em humildade!


Fonte de base e estudo: Rev. Augustus Nicodemus em palestra ministrada na 9ª Conferência para Pastores em Portugal em 2009.

sábado, 9 de junho de 2012

Escola de Levitas



                       9ª turma      com     início dia 24 de junho

Objetivo: Tratar de questões concernentes ao caráter cristão, posicionamento em relação ao pecado e a busca de santidade. Conhecer nosso irmão, seu interesse em servir no ministério, sua frequência, pontualidade e compromisso. Quais suas reais motivações em relação ao Ministério de Música.

Audição: Após o término do curso uma data será marcada para que cada pessoa interessada tenha a oportunidade de demonstrar sua aptidão para servir. Isso não significa que a pessoa entrará na escala ou no grupo. Com o tempo é possível que seja convidada para o Ministério ou não. De acordo com o dom e principalmente pelos frutos como membro do CEI - Cabo Frio.

Estamos às portas de mais uma turma de Escola de Levitas, e será um prazer compartilharmos da palavra santa do nosso Senhor e seus designos para servi-lo de acordo com a vontade D’Ele, e não a nossa ideia do que é bom.
Afinal de contas, o que é bom pra mim pode não ser tão bom assim pra você, então...
É sempre melhor fazer o que Ele pede!
Sendo bom ou não é ordem D’Ele e ponto.



Começaremos nossos encontros neste último domingo de junho, dia 24
ATENÇÃO, não perca seu horário, 08h30min às 10h00min da manhã em nossa igreja.

Tolerância de 10 minutos para início da aula.
Teremos 10 aulas ao todo, para conclusão do curso é preciso no mínimo 80% de presença, ou seja, oito aulas completas.
É necessário levar sua bíblia, bloco de anotações e caneta.
Pedimos a colaboração de R$ 5,00 para xerox dos textos estudados.

Célula do Geração Livre


Célula do Geração Livre, na terça dia 29. Pouquinha gente, mas o assunto foi muito relevante: Continuação do tema: O que eu faço é condiz com o que eu canto e falo no altar?

Foi muito bom.


sexta-feira, 25 de maio de 2012

O valor da vocação



Esboço da ministração da quinta-feira, 25/05

"E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença. Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR." Jonas 1:1-3

Algumas lições com Jonas, o profeta, no que tange a desobediência ao chamado.

1ª lição
Afastamento de Deus
Cap 1 – vers. 3 - “E descendo a Jope”

Descer de Jerusalém para Jope, é se afastar do Templo, da Arca do Conserto, da Presença do Deus.
Quando dizemos não para a nossa vocação, nos distanciamos de Deus porque temos medo de ir onde Ele quer nos levar, por temer onde este lugar pode ser ou por saber que lugar é este. No caso de Jonas, ir para Nínive, a cidade que empalava* os que eram contra eles, era algo aterrador, pois pregar a verdade de que se não houvesse arrependimento eles seriam exterminados. É como se um indivíduo fosse para uma região tomada pelo PCC com a camisa do CV. Morte eminente.
É compreensível tal atitude, mas não é a certa: negar ao chamado do Pai. Acontece conosco o esfriamento, resultado do afastamento.

2 ª lição
Perda do equilíbrio emocional
Cap 1 – vers.3 – “achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem”

Quando estamos em um barco e não temos o costume de estar em um, e dependendo do estado do mar, ficamos completamente sem o equilíbrio e se a vaga** for um pouco mais intensa chegamos a cair, podendo até mesmo nos ferir.
Quando nos afastamos do Pai, perdemos equilíbrio emocional e racional, e passamos a ter atitudes que ferem a santidade do Pai. Vamos para lugares que não deveríamos, fazemos coisas que não deveríamos e até mesmo magoamos quem amamos. Ficamos tão aflitos que “atiramos” para todos os lados. Buscamos profetas, agoureiros, outras religiões etc. Tudo em vão!

3 ª lição
Perda da visão espiritual e profética
Cap 1 vers.3 – “e desceu para dentro dele”

Ao descermos para o porão de um barco de pesca, teremos uma visão muito limitada das coisas. Na verdade, dependendo do barco, não teremos visão alguma.
Isso acontece na vida daquele que está desequilibrado emocionalmente. Ele não consegue ver nada a sua frente. Fica cego! Ademais, o odor de um porão é horrível! Ou seja, perdemos o olfato do Senhor. O perfume da Santidade do Pai.
Sem visão, com o olfato irritado por cheiros ruins!
Nossa visão espiritual e distorcida quando não perdida. O que profetizar se não tenho a visão de Deus?

4 ª lição
Perda do controle da nossa vida
Cap1 – vers.15 – “E levantaram a Jonas, e o lançaram ao mar”

Ao perdermos a visão espiritual e profética de Deus, somos lançados de um lado para o outro no mar bravio da vida. Sem controle, sem forças e sem destino nos entregamos às correntes do mar esperando apenas pela morte.
Isso acontece porque não temos pra onde fitar os olhos, ou melhor, nos esquecemos de fitar os olhos naquilo que deveríamos fitar! E passamos a ser levado por qualquer vento de doutrina.

5 ª lição
Morte espiritual
Cap 1 – vers. 17 – “Preparou, pois, o SENHOR um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.”

Resultado de tudo isso é a morte espiritual. Estar no ventre de um peixe, onde não se pode respirar, não se vê a luz do dia, onde não podemos ir para lugar algum a não ser mais e mais ao fundo. E muitos vocacionados que dão as costas pro Senhor estão morrendo espiritualmente por causa de sua desobediência ao chamamento!

Conclusão
O que isso tudo tem a ver conosco?

Tudo! Pois, se estamos negligenciando o chamado, quantos ninivitas estão perdendo a oportunidade de se arrependerem? Quando perdidos a espera do nosso pregar, do nosso agir, da nossa obediência?
Se estivermos na posição de Jonas, como desobedientes, ainda há uma solução para as nossas vidas: arrependimento!

E orou Jonas ao SENHOR, seu Deus, das entranhas do peixe.
E disse: Na minha angústia clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz.
Porque tu me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das águas me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado por cima de mim.
E eu disse: Lançado estou de diante dos teus olhos; todavia tornarei a ver o teu santo templo.
As águas me cercaram até à alma, o abismo me rodeou, e as algas se enrolaram na minha cabeça.
Eu desci até aos fundamentos dos montes; a terra me encerrou para sempre com os seus ferrolhos; mas tu fizeste subir a minha vida da perdição, ó SENHOR meu Deus.
Quando desfalecia em mim a minha alma, lembrei-me do SENHOR; e entrou a ti a minha oração, no teu santo templo.
Os que observam as falsas vaidades deixam a sua misericórdia.
Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento; o que votei pagarei. Do SENHOR vem a salvação.
Falou, pois, o SENHOR ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra seca.
                                                                                          Jonas 2:1-10


  
Então, você que se encontra nesta posição, ore e se arrependa. Exerça a sua vocação, o chamamento do PAI! Pois o valor da vocação é a sua vida e de muitos outros!

Shalom

Pb. Everson Tavares

terça-feira, 22 de maio de 2012

O valor de uma palavra - Minha atitude vale o que eu falo e o que eu canto?


O bom Samaritano - Atitude relevante!


Muito se canta nos altares das igrejas, muito se ministra, muito se chora e se grita...mas a atitude fora dos holofotes eclesiásticos vale o que eu canto e o que eu falo?

Como cristão, penso em não expor o que sou pelas minhas palavras, penso no que Paulo, o apóstolo, certa feita, em uma de suas cartas a Igreja disse: Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
Filipenses 2:3

Não consigo considerar a ideia de colocar sobre os ombros alheios câmeras que me verão falar sobre mim mesmo. Minha missão não é essa, minha vocação não é essa, minha redenção não é essa. Tenho por alvo representar, ou pelo menos tentar representar de maneira digna e honrosa  aquele que vale a pena ser falado sobre: Jesus o Ungido de Deus.

Deste vale a pena falar e falar e cantar e cantar. Mas apenas isso basta? Com certeza a resposta é um alto e sonoro NÃO. Não nos basta subir as plataformas das igrejas e cantar e falar sobre algo que é somente teórico e nem um pouco prático. Do que me vale cantar e falar se não vivo o que predico?

Tenho muitas dificuldades com isso, quando vejo a atitude da igreja na contemporaneidade. Pessoas que se vestem para ir a igreja mas não se revestem de Igreja. Pessoas que cantam muito bem mas que não encantam a ninguém. Pessoas que têm as mais belas missivas mas não têm uma alma agradecida para servir.

“Quem se importa?” Mensagem ministrada pelo nosso pr. Fabrício no último domingo (20/05) que só corroborou para o que ministrei pela manhã na porção de estudos do culto matinal: “Estrangeiros cuja terra, tempo e espaço é só um elemento onde devemos servir ao próximo com nossos carismas e bens.” – Sacerdotes e Levitas! Mostrem-me suas obras e eu mostrarei o Samaritano!

O que fazemos é cantar e falar, mas será que nossas atitudes valem tudo o que cantamos e falamos? Tantos pares de sapatos, tantos casacos, tantas bugigangas sobrando e inúmeros “PRÓXIMOS” na necessidade de ter o que Pedro tinha e deu: “Não tenho ouro e prata mas o que tenho vos dou” – Temos tanto ouro e tanta prata dentro de casa, mas dentro de nós nos falta o DAR.

Cantar e falar não representa a atitude de DAR se você não da! Mas a partir do momento que você compartilha o que tem, e doa-se ao próximo, aí sim: Minhas canções e minhas falas se tornam resultados de minha ATITUDE!

Cristo vivo e eu morto!

Shalom

Pb. Everson Tavares





quinta-feira, 26 de abril de 2012

Soberania de Deus!




Mais uma vez aqui no blog do nosso pastor Fabrício Valadares.


Soberania de Deus! Como eu amo!


Em Lucas 8 temos dois grandes eventos no universo social de três pessoas: Jairo, sua filha, que não se chama “Talita” e a mulher do fluxo de sangue.

Jairo, chefe da sinagoga*, pessoa importante, de influência, de renome. Pai de uma menina que estava às portas de completar 12 anos, ou seja, há 12 anos como pai.

Sua filha, que não era apenas mais uma criança, ela era a filha do chefe da sinagoga*. Como toda criança cujo pai tem poder e influência, ela era cercada de crianças que queriam estar com ela, mesmo que por interesses escusos. Filha há quase 12 anos.

E a mulher de fluxo de sangue que perdera todo o seu dinheiro investindo e perdendo na solução para sua doença. Considerada impura, amaldiçoada e marginalizada por não ter marido, filho e família. Havia 12 anos!

Jairo tinha a vida social, religiosa-ministerial, financeira e familiar bem sucedida. Sua filha tinha a vida social, religiosa (ensinada pelo seu pai), financeira (sustentada por um pai cuidadoso) e familiar (filha do chefe da sinagoga que era capaz de buscar no filho do carpinteiro o milagre) e a mulher do fluxo de sangue, que não tinha vida social, religiosa tão pouco, financeira arruinada e familiar...talvez nos sonhos.

O que estes tinham em comum? Todos tinham um período de 12 anos. 12 anos como pai, 12 anos como filha e 12 anos de dor. 12 anos!! 12 é um número que representa o governo de Deus!! 12 é a representação da soberania de Deus!

Esta é para aqueles que só creem que Deus esta no controle quando tudo está bem e em prefeito estado!

Queridos e queridas, a SOBERANIA de Deus está acima do bem e do mal, da vida e da morte, da saúde e da doença! Ele está no controle de TUDO! Estava no controle da vida de Jairo (Yair – Ele iluminará), de sua filha e também da mulher de fluxo de sangue.

Três pessoas distintas, de idades diferentes e de perspectivas futuras diversas que estavam à espera de um milagre do Pai. E através de Jesus encontraram o milagre! Ou o milagre as encontrou! Deus, em sua SOBERANIA, estava no governo daquelas vidas e através de Sua vontade realizou o grande milagre: ter o encontro com Jesus! E isso muda toda a nossa perspectiva de vida!

Ao ir ao encontro de Jesus, Jairo foi confrontado na sua fé a ter paciência para esperar Jesus falar com a mulher que teve a coragem de tocá-lo. Teve a sua filha, que não tocou em Jesus, mas foi tocada por ele! Isso é SOBERANIA de Deus! Ele faz COMO QUER, QUANDO QUER E DO JEITO QUE QUIZER!

Eu creio na sua SOBERANIA e a amo! Por isso estou aqui pra defendê-la. Embora, ela seja defendida pelo próprio SOBERANO!
Shalom,


Pb. Everson Tavares


*Em língua hebraica a sinagoga recebe o nome de בית כנסת, transliterado para beit knésset e traduzido para "casa de reunião". Também pode ser chamada בית תפילה, beit tefila, ou seja, "casa de oração". Em yiddish, o termo é šul ou shul (שול), o que expressa o hábito de se referir à sinagoga como "escola". Um exemplo desse uso é a Piazza delle Cinque Scole, no velho ghetto de Roma. Entre judeus da nação portuguesa é comum chamar de esnoga ou as variantes esnoa e scola. Entre judeus reformistas é comum o nome de templo

sábado, 21 de abril de 2012


SER transformado e TER salvação!


 
Uma das coisas mais interessantes na nossa salvação é a nossa inconformação com o nosso estado de SER. Não nos aceitamos como somos e buscamos em Deus nossa transformação, mesmo que esta seja dolorida. E normalmente é. Buscamos SER e não apenas TER.

Inicío minha participação neste blog com um tema que me fascina e muito. Salvação e Transformação.  Ultimamente temos visto enormes escândalos nos mais altos escalões dos movimentos neo-pentecostais e pentecostais os quais têm gerado certo desconforto naqueles, dentro do movimento, que têm compromisso com a causa séria e genuína do Evangelho: SALVAÇÃO e TRANSFORMAÇÃO de vidas.

O que era modelo passou a ser descartado e o que era descartado passou a ser modelo. Pregam-se mais o que podemos TER do que SER. E isso engendra em pseudo-transformações as quais não produzem frutos de arrependimento algum. Uma destas aberrações geradas pelo falso, ou melhor, deturpado evangelho é a de que você tem de TER para SER. E um dos lugares mais visíveis destas aberrações se encontra nas canções gospel, onde a centralidade e o bem estar do homem têm usurpado a adoração ao Eterno.


Canções que fazem do ego um lugar de centralidade da mais profunda exposição “idolátrica” do ser. Não vale nem a pena citar tais trechos musicais. E o que isso tem a ver com o tema por mim citado? Tudo! Se ser salvo é ser transformado e inconformado com os padrões do sistema secular, por que tantos e tantos dentro das camadas religiosas se entregam a tais canções que não levam ao âmago do Pai, mas a auto-satisfação ou auto-afirmação?
Simples! Não foram salvos! Não foram transformados!

Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura. Isaias 42:8

O que dizer do texto supracitado? Se o próprio Deus não divide a sua glória, por que, então, temos visto canções e mais canções que pegam para si a glória do único que pode TER esta glória?

O ser salvo pelo Senhor não se conforma com este mundo e analisa a tudo! Como Paulo, o apóstolo diz em sua carta O homem espiritual discerne todas as coisas” (1 Coríntios 2:15,16 ... Isso nos ensina que temos tido muitos cantores carnais mais do que espirituais, ou cantores não transformados porque não foram salvos ainda. Salvos de suas ignorâncias, salvos de suas avarezas, salvos de suas ideologias torpes e salvos de sua falta de discernimento entre o que é TER e SER.

TER tem a ver com posse e SER tem a ver com perdas, no que tange o Reino de DEUS! Eu só posso ser se perder a minha vida pra Ele, nosso PAI. Logo, ao perder a minha vida para minhas vontades e desejos mais sombrios de auto-afirmação, passo a TER! TER vida eterna, TER uma vida relevante aqui na terra. Só assim o TER faz sentido. Quando o SER espiritual predomina sobre o natural.

Isso é transformação! Isso é ser salvo! O transformado e salvo não busca a glória e a auto-satisfação, ele busca, leva, faz, gera, prega, vive e morre para a glória do Senhor! O transformado e salvo está sempre em processo de REFORMA e não se acomoda em apenas TER!


Shalom,

Pb. Everson Tavares
Servo do Ministério de Música Geração Livre

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Adorar em Sião


Texto: Lc 10:27

Algumas pessoas passam anos questionando a chamada que receberam. Outras questionam a unção do outro. Outras ficam em busca de saber qual é a “unção” do momento, o mover musical, para então fazer seus próprios trabalhos musicais com base no que o outro está fazendo e sem parar para buscar a Deus e perguntar se é isso mesmo que ele deve fazer.

Se alguém faz sucesso numa área, logo muitos começam a fazer a mesma coisa. Vivemos em um século imediatista, automatizado, instantâneo, onde tudo tem que ser muito rápido e aquela velha frase volta a ser dita: “o mundo é dos mais expertos”. Será que temos que concordar com isso?

O que precisamos entender?

Algumas pessoas são ungidas, separadas por Deus, para liderar a adoração na igreja, onde centenas e milhares se congregam para adorar ao Rei dos reis. Outras são chamadas para liderar a adoração diante de grandes multidões, em estádios, coliseus. Mas há aqueles que são separados para liderar a adoração com os que os que sofrem, os sem lar, sem teto, meninos de rua, órfãos.  Não importa aonde você está. Não importa qual é a sua chamada específica. Para Deus não existe quem é o melhor, o mais “pop”, para Deus não existe o “estrela”, pois o importante nessa direção é obedecer a vontade daquele que nos chamou para a Sua maravilhosa luz.

O que é mais importante? 

Há um equívoco muito grande no que se refere a alcance ministerial, enfocando que apenas os de maior projeção na mídia “gospel” são os que tem “mais unção”.  Me recuso a acreditar de que existem mais ungidos e menos ungidos, como se pudéssemos medir quem é o melhor, de acordo com a unção. A Bíblia diz que a unção vem de Deus (I Jo 2.20,27) Alguns são ungidos para escrever grandes canções que serão ouvidas por milhões, outros são ungidos para cantar diante de uma dúzia de pessoas, e há aqueles que são ungidos para ministrar diante da presença de anjos de Deus, e eu pergunto: o que mais é necessário?

1 - Não importa o lugar ou a posição que você ocupa, a resposta sempre será a mesma diante dos princípios de Deus: fomos criados para amar a Deus, amar aos outros e a nós mesmos.
2 – Não importa se somos músicos ou não... se somos pastores ou professores de escolas de líderança ou não... SE SOMOS NOVAS CRIATURAS EM CRISTO – FILHOS DE DEUS – FOMOS CHAMADOS PARA UM MINISTÉRIO NO REINO DE DEUS.

Porque somos filhos de Deus, criados à sua imagem, fomos feitos para ser criativos assim como o nosso Pai, o grande Criador do universo. Deus é um ser criativo e deu a cada um de nós habilidades para sermos criativos, cada um na sua área, e isso nos faz ser corpo, uma família linda, projetada pelas mãos do Eterno.

Uma vez que entendemos nossa função no Reino, entendemos que para o desempenho dessa função é necessário uma chamada. O que é uma chamada? É aquilo que Deus nos entregou para realizar para Ele, através das habilidades que Ele nos deu, mas para que essa chamada seja uma verdade em nós, precisamos entender como podemos realizá-la, e o que ela representa.  Além disso, se somos chamados por Deus, para relacionar-se com Ele precisamos ser adoradores e nada melhor do que beber da fonte bíblica do ensina: Jerusalém. A Bíblia declara: de Sião sairá a lei. O ensino vem de Sião. Quando lemos na palavra de Deus sobre adoração nos vêm à mente alguns exemplos de adoradores, entretanto, estes cumpriam princípios que queremos relacionar. 

1 - Os adoradores de sião tem uma chamadaser o que Deus os chamou para ser!!!

Deus nos fez indivíduos, pessoas com diferentes capacidades, dons, talentos e aguarda que nós nos deixemos ser usados para o louvor da Sua glória. Ter uma chamada, significa ter uma meta a ser realizada para alguém que nos comissionou. Nesse quesito, é necessário entender que aquele que nos comissionou, nos capacitará para a realização da sua chamada em nós. O que foi que Deus o chamou para ser? Um cantor? Um adorador através da dança? Um compositor? Um médico? Um pintor? Seja, o que Ele o chamou para ser. Tenha paixão por realizar essa obra com destreza, e o Eterno se alegrará com sua vida.

2 - O adorador de Sião tem um caminho: andar em um relacionamento íntimo com Deus e viver sua vida de acordo com o princípio básico de Lc 10.27.
“A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

A ORDEM É AMAR A DEUS... AMAR A NÓS MESMOS... PARA AMAR AOS OUTROS, AO PRÓXIMO. Não existe ministério, chamada, vocação sem cumprir esses princípios. Muitos querem o ministério, mas são arrogantes, altivos, orgulhosos, contudo, essas coisas não vêm de Deus. Se amamos a Deus, essas carnalidades não fazem parte da nossa vida. Externamos o nosso amor a Deus amando até o “não amável”, os inimigos, aqueles que se levantam contra nós. Nisto cumprimos as escrituras. O caminho do adorador é um caminho aplainado pelo cumprimento desta palavra.

3 – O Adorador de Sião tem uma necessidade:

3. 1 – SABER QUEM DEUS É, E RELACIONAR-SE COM ELE EM SUA VIDA
(Filpenses 3. 7 – 11)

7 Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. 8Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo 9 e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; 10 para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; 11 para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.”

3. 2 – SABER QUEM VOCÊ É EM CRISTO

Eu sou o que meu Pai diz que eu sou, eu sou uma nova criatura (II Co 5.17).  Tentações, sentimentos, falhas do passado, sabedoria humana – nada disto me define, mas sim quem eu sou em Cristo.  Tenha convicção de quem você é.
- EU PERTENÇO A ELE.
- NINGUÉM PODE AMAR O OUTRO SE NÃO ACEITAR A SUA POSIÇÃO EM CRISTO
2 COR 5.17: “se alguém está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo" Gl 6.15

3.3  – AMAR AO SEU PRÓXIMO

A pergunta que os discípulos fizeram a Yeshua foi: quem é o meu próximo?
Yeshua gastou tempo investindo em pessoas que não tinham valor;  pessoas marginalizadas; desprezadas; abandonadas – NÓS FOMOS CHAMADOS PARA FAZER O MESMO.  Muitas vezes queremos o palco, mas não estamos prontos para o altar.  Há uma grande diferença, pois no palco o homem nos aplaude, e no altaro aplauso vem de Deus, pois Ele nos avalia.  Entretanto o caminho do altar não começa no altar, começa no coração daquele que decidiu amar a Deus, amar-se a si mesmo, e amar ao próximo.  Depois de cumprir essa escala, Deus nos levará a fazer coisas grandes e firmes que nem sonhamos.  QUER SABER O QUE É O ADORADOR DE SIÃO? É AQUELE QUE OBEDECE AOS MANDAMENTOS DO PAI: AMAR A DEUS – E AMAR AO PRÓXIMO.
Mt 18.14; Lc 19.10; 2 Cor 5.18; João 15.13

Adorar em Sião fala de:

1 – ADORAR no lugar certo
2 – ADORAR na hora certa
3 – adorar no lugar do ensino
4 - adorar com a chamada correta e não equivocada ou por motivos alheios
5 – voltar-se para Deus, reconhecendo quem nós somos, e estendendo o braço ao próximo amando-o não por interesse, não pelo que ele pode nos  dar, mas como resultado de um íntimo relacionamento com o Criador, o qual sua mairo definição é: DEUS É AMOR.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Fogo estranho no altar



Ana Márcia Britto

Todo levita que serve na casa de Deus precisa ter sua vida limpa e consagrada diante do Pai. Ele precisa ser santo e irrepreensível, pois ministra diante de Deus o seu louvor e adoração.

Hoje, prestamos sacrifício de louvor, que são os frutos dos nossos lábios, em rendição a Deus (Hb 13:15). Porém, em Levítico 8, nós vemos que, no tabernáculo, o sacerdote era intermediário entre Deus e o povo. As pessoas não podiam trazer o seu próprio sacrifício a Deus, era o sacerdote que representava o povo e pleiteava a sua causa.

Quando os israelitas desejavam aproximar-se de Deus, traziam seu animal ao átrio do tabernáculo e, no altar do holocausto, colocavam a mão sobre a cabeça do animal, para expressarem arrependimento e consagração. O sacerdote, representando o adorador, ia até a bacia e lavava as mãos, indicando assim a vida limpa. Então, ele entrava no Lugar Santo e chegava ao altar do incenso, onde a oração era oferecida em favor do povo.

Uma vez por ano o sumo sacerdote passava além do véu, que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo, com o sangue da expiação diante do propiciatório, a fim de interceder pelo povo. O sacerdote não podia consagrar-se a si mesmo e Moisés agia em lugar de Deus nessa função (Lv 8). Os sacerdotes eram encarregados dos sacrifícios e os levitas eram seus auxiliares, cuidando do tabernáculo, formando coros, sendo guias e instrutores no templo.

Para se apresentar diante de Deus, os sacerdotes e levitas precisavam de santidade, integridade, para que o nome de Deus fosse exaltado (Lv 10:3). Assim, também em nossas igrejas, precisamos de santidade diante de Deus, para ministrar perante Ele. Precisamos entender que cantar e tocar no altar é uma responsabilidade muito grande e exige fidelidade e temor no coração.
Nós podemos enganar a todos com a nossa falsa adoração, mas, a Deus não. Ele conhece a intenção do nosso coração, Ele sabe para quê e a quem fazemos. Muitos têm no coração a intenção de mostrar a voz bela que possui, ou quão virtuoso é o seu instrumento, para ser elogiado e sempre convocado para estar no altar.

O altar é o lugar santíssimo, é nele que se destacam as pessoas, elas ficam em evidência, se tornam referencial e são imitadas. Se esse referencial for errado, todo o povo imitará. Por isso, precisamos vigiar, como atalaias de Deus, para que o altar não seja maculado com pecados de soberba, orgulho, prepotência e egoísmo. O altar é lugar de destaque e muitos só querem estar ali para aparecer e não para dar o seu louvor a Deus. Temos que pedir discernimento de espírito, pois pessoas que parecem bem intencionadas podem estar manipulando seus líderes para realizar seus caprichos. Como podemos então, selecionar essas pessoas para ministrar no altar? Observando:

· O testemunho perante a igreja;
· O testemunho perante os seus líderes e pastores;
· O fruto;
· Seu referencial de santidade;
· Se é um adorador.

No capítulo 10 de Levítico, vemos a história de Nadabe e Abiú, filhos de Arão, sacerdotes que ofereciam sacrifícios a Deus. Porém, eles se acharam no direito de mudar as ordens de Deus, e ofereceram fogo estranho diante do Senhor, o que ele não lhes ordenara (Lv 10:1b). O fogo de Deus os consumiu imediatamente, foi um incêndio vindo de Deus e uma advertência para gerar temor entre o povo (Lv 10:6b).

Deus escolheu a tribo de Levi para cuidar do tabernáculo e a família de Arão para serem sacerdotes. Eles eram sustentados pelo povo com os dízimos; eram privilegiados e estavam em destaque. Isso deve ter entrado no coração de Nadabe e Abiú. Por serem privilegiados e estarem em lugar de destaque, acharam que podiam ser melhores que Deus e fazer melhor que Ele.

Em I Samuel 2:12-17 vemos Hofni e Finéias, também sacerdotes, procedendo de maneira desonrosa, pois desprezavam a oferta do Senhor. Eles eram filhos de Belial e não se importavam com o Senhor, se prostituindo e roubando a casa de Deus. Todo o povo sabia de seus pecados; eles não tinham temor no coração e andavam pelos seus próprios caminhos.

Quantos levitas têm andado pelos seus próprios caminhos, transgredindo o altar de Deus, se prostituindo, roubando, espalhando fofocas, criando intrigas e trazendo confusão para a casa de Deus. Nós, pastores, não podemos ser omissos como Eli, que fazia vista grossa para o pecado de seus filhos. Temos que purificar o altar de Deus e zelar para que os levitas sejam referencial de integridade, unidade e amor ao serviço de Deus.

Precisamos tirar as máscaras e trazer a cura para o nosso povo. O levita que não tem compromisso com Deus não flui na adoração e amarra o povo. Muitos querem “enfiar goela abaixo” no povo uma “adoração” forçada, programada, mecânica, e totalmente sem unção. A adoração faz parte do dia-a-dia do levita e ele só pode curar e libertar com o seu louvor se estiver bem com Deus e com o seu próximo.

Deus busca incenso suave de adoração. Ele quer o melhor para Ele, não apenas de palavras, mas com sinceridade de coração. Precisamos deixar a hipocrisia de lado e assumir quem somos em Cristo, ter Sua identidade, pois o altar irá revelar quem somos, e Deus irá mostrar toda a vergonha, pois Ele é Santo e Incorruptível. De Deus não se zomba. Cuidado!!! Ele conhece o teu coração e vai revelar o escondido.

Dedique a Deus o seu sacrifício de louvor, e que dos teus lábios ou ao toque dos teus dedos suba para Ele incenso suave de adoração genuína. Ele ama o pecador, mas abomina o pecado, purifique-se n’Ele, tire toda a lepra. Deixe-se ser um canal usado por Ele para curar e libertar o povo com a unção sobre a tua vida


sexta-feira, 9 de março de 2012

Uma Carta Aberta às Bandas de Louvor


James K. A. Smith*

(Texto postado por Daniel Dliver no Facebook, na quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2012 às 01:51.)


Prezada banda de louvor,

Eu aprecio muito a sua disposição e desejo de oferecer seus dons a Deus em adoração. Eu aprecio sua devoção e celebro sua fidelidade - se arrastando para a igreja cedo, domingo após domingo, arranjando tempo para prática no meio da semana, aprendendo e escrevendo novas músicas, e muito mais. Como os artistas e artesãos qualificados que Deus usou para criar o tabernáculo (Êxodo 36), você está disposta a colocar seus dons artísticos em serviço ao Deus Triúno.

Então, por favor receba essa pequena missiva no espírito a que se destina: como um incentivo para refletir sobre a prática de "liderar a adoração". Parece-me que muitas vezes você é simplesmente cooptada para uma prática sem ser incentivada a refletir sobre a sua lógica, sua "razão". Em outras palavras, parece-me que muitas vezes você é recrutada para "liderar a adoração", sem muita oportunidade de fazer uma pausa e refletir sobre a natureza da "adoração" e o que significaria "liderar".

Em particular, a minha preocupação é que nós, da igreja, involuntariamente temos encorajado você a simplesmente importar práticas musicais para o culto cristão que - embora possam ser apropriadas em outros lugares - são prejudiciais para a adoração congregacional. Mais explicitamente, usando a linguagem que empreguei pela primeira vez em "Desejando o Reino", eu às vezes me preocupo que nós inconscientemente tenhamos encorajado você a importar certas formas de performance que são, com efeito, "liturgias seculares" e não apenas "métodos" neutros". Sem nos darmos conta, as práticas dominantes de performance nos treinam a nos relacionar com a música (e com músicos) de uma determinada maneira: como algo para o nosso prazer, como entretenimento, como uma experiência em grande parte passiva. A função e objetivo de música nessas "liturgias seculares" é muito diferente da função e objetivo da música no culto cristão.

Então deixe-me oferecer apenas alguns axiomas breves com a esperança de encorajar nova reflexão sobre a prática de "liderar a adoração":




1. Se nós, da congregação, não pudermos ouvir a nós mesmos, não é adoração. O culto cristão não é um concerto. Em um concerto (uma "forma de performance" particular), muitas vezes esperamos ser esmagados pelo som, particularmente em certos estilos de música. Em um show, chegamos a esperar esse tipo estranho de privação sensorial que acontece a partir de uma sobrecarga sensorial, quando o bater dos graves em nosso peito e no banho de música sobre a multidão nos deixa com a adrenalina de uma certa vertigem aural. E não há nada de errado com concertos! Só que o culto cristão não é um concerto. O culto cristão é uma prática coletiva, comunitária e congregacional - e o som reunido e a harmonia de uma congregação cantando como um é essencial para a prática da adoração. É uma maneira de "executar" a realidade de que, em Cristo, somos um só corpo. Mas isso requer que nós realmente sejamos capazes de ouvir a nós mesmos, e ouvir as nossas irmãs e irmãos cantando ao lado de nós. Quando o som amplificado do louvor da banda supera as vozes, não podemos ouvir-nos cantar - assim perdemos esse aspecto comunitário da congregação e somos estimulados a nos tornar efetivamente adoradores passivos, privados.

2. Se nós, da congregação, não podemos cantar junto, não é adoração. Em outras formas de performance musical, músicos e bandas vão querer improvisar e "ser criativos", oferecendo novas interpretações e exibir o seu virtuosismo com todos os tipos de trinados diferentes e pausas e improvisações sobre a música recebida. Mais uma vez, isso pode ser um aspecto delicioso de um concerto, mas no culto cristão significa apenas que nós, da congregação, não podemos acompanhar. E assim o seu virtuosismo dá origem à nossa passividade, a sua criatividade simplesmente encoraja o nosso silêncio. E enquanto você pode estar adorando com a sua criatividade, a mesma criatividade realmente desliga a música congregacional.

3. Se você, a banda de louvor, é o centro das atenções, não é adoração. Eu sei que geralmente não é sua culpa que nós colocamos você na frente da igreja. E eu sei que você quer modelar a adoração para imitarmos. Mas porque temos encorajado você a basicamente importar formas de performance da sala de concertos para o santuário, nós podemos não perceber que nós também involuntariamente encorajamos um senso de que você é o centro das atenções. E quando o seu desempenho torna-se uma exibição de seu virtuosismo - mesmo com a melhor das intenções - é difícil combater a tentação de fazer a banda de louvor o foco de nossa atenção. Quando a banda de louvor vai para riffs longos que você pode pretender oferecer a Deus, a congregação torna-se totalmente passiva e, porque adotamos hábitos de relacionar com a música do Grammy e dos palco de shows, sem querer fazemos de você o centro das atenções. Gostaria de saber se pode haver alguma reflexão intencional sobre o posicionamento (para o lado? Levando por trás?) e performance que pode nos ajudar a combater esses hábitos que trazemos conosco para adorar.

Por favor, considere estes pontos com cuidado e reconheça o que não estou dizendo. Isso não é apenas algum apelo em favor do culto "tradicional" e uma crítica do culto "contemporâneo". Não confunda isso como uma defesa de órgãos de tubos e uma crítica de guitarras e bateria (ou banjos e bandolins). Minha preocupação não é com estilo, mas com a forma: O que estamos tentando fazer quando nós "lideramos a adoração"? Se formos intencionais acerca da adoração como uma prática congregacional comunitária, que nos leva a um encontro dialógico com o Deus vivo - que a adoração não é meramente expressiva, mas também formativa - então podemos fazer isso com violoncelos ou guitarras de aço, órgãos de tubos ou tambores africanos.

Muito, muito mais poderia ser dito. Mas deixe-me parar por aqui, e por favor receba este como o incentivo que está destinado a ser. Eu adoraria vê-lo continuar a oferecer seus dons artísticos em adoração ao Deus Trino, que está nos ensinando uma nova canção.

Muito sinceramente,

Jamie

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*James K. A. Smith é professor de Filosofia no Calvin College.

Essa é uma tradução livre. Confira o original em
http://forsclavigera.blogspot.com/2012/02/open-letter-to-praise-bands.html