D. M. Lloyd Jones |
Justificação não significa meramente perdão. Inclui o
perdão; no entanto, é muitíssimo maior do que este. Além disso, a justificação
afirma que Deus nos declara completamente inocentes, considerando-nos pessoas
que jamais pecaram. Ele nos proclama justos e santos. Agindo assim, Deus está
refutando qualquer acusação que a lei faça contra nós. Não é apenas o juiz, no
tribunal, asseverando que o réu está perdoado, mas declarando-o uma PESSOA
JUSTA E INOCENTE. Ao justificar-nos, Deus nos informa que removeu nosso pecado
e culpa, imputando-os, ou seja, lan- çando-os na conta do Senhor Jesus Cristo,
castigando- os nEle. Deus também anuncia que, fazendo isso, lança em nossa
conta (ou seja, imputa-nos) a perfeita justiça de seu querido Filho. O Senhor
Jesus Cristo obedeceu completamente a Lei; jamais a transgrediu em algum
aspecto, satisfazendo-a em todas as suas exigências. Esta completa obediência
constitui a justiça dEle. O que Deus faz ao justificar-nos é lançar em nossa
conta (ou seja, imputar-nos) a justiça do Senhor Jesus Cristo. Ao declarar-nos
justificados, Deus proclama que nos vê não mais como realmente somos, e sim
como pessoas vestidas da justiça de Cristo. Um hino escrito pelo conde
Zinzendorf expressa deste modo a justificação:
Jesus, tua veste de justiça É agora minha beleza; minha
gloriosa vestimenta. Entre os mundos flamejantes, Envolvido em tua justiça, com
alegria eu Te exaltarei.
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