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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

“Os caminhos de Deus sempre serão melhores que os meus"


Que caminho tomar, o meu o ou Seu , Senhor?




Estava conversando com a Pâmela, futura senhora Cordeiro e surgiu o tema por ela sugerido para este post: “Os caminhos de Deus sempre serão melhores que os meus", o qual eu discorro abaixo.

Recordando o meu período de estudos na faculdade, principalmente das aulas de literatura. Lembrei-me de um professor chamado Jurandir que costumava falar que literatura e história estavam firmemente entrelaçadas e mescladas. O homem que escreve sobre a história segundo o seu ponto de vista e segundo o seu ponto de vista faz a história.

Da ação do homem surgem as fases da literatura chamadas de períodos literários. Fases estas que refletem nada mais nada menos do que as ideias filosóficas as quais montam uma fatia da história global. De Anchieta ao barroco, do Romantismo ao Simbolismo passando pelo Realismo, Naturalismo e Parnasianismo. Do pré-modernismo ao olho do furacão ao qual nos encontramos hoje, pós-modernismo. O homem, como sujeito articulador, na sua vã e falível vontade gerou e produziu estes pensamentos filosóficos que se transformaram na HISTÓRIA contada hoje.

E a história nos mostra uma série de erros e acertos, mais erros até do que acertos, de seres que fizeram visíveis a sua trajetória. Embora seus caminhos os parecessem bom eram caminhos de morte. Para uns, o caminho de morte física, para outros a morte poética e filosófica e para a grande maioria a morte espiritual.

O resultado das ideologias do homem fez com que estes períodos literários representassem aquilo que eles estavam vivendo naquele determinado momento. O homem do Barroco, que não sabia se ele e sua obra eram sacras ou profanas, caminhava entre retas e curvas entre trevas e luz. Morria dentro de seus conflitos. O homem do Romantismo, cheio de individualismo e subjetivismo, mas cheio de imaginação e fantasia. Morria dentro de suas ilusões. Já o homem modernista, que queria a liberdade absoluta de sua expressão. Morria na sua identidade critica nacionalista.

E finalmente, hoje, o olho do furacão pós-moderno. Seres que vivem um individualismo narcisista onde o centro do universo é ele, uma mistura de Iluminismo com Arcadismo, como aquele que precisa que todas as coisas girem em torno dele e para ele. Como uma criança em seus dois anos de idade onde não há distinção de sujeito e objeto. Onde o objeto é extensão do sujeito, logo temos sempre a clássica frase: “Meu, é meu!”

Períodos históricos e literários que expressaram a vontade do homem de ser um ser relevante, não importando suas escolhas e consequências. Não importando o caminho a ser tomado. O caminho a ser seguido.

Mas houve aqueles que resolvem nadar correnteza acima, como peixes nadando contra a maré. Homens que se destacavam em meio aos seus períodos justamente por discordar da atuação da sociedade na qual viviam. Homens que marcaram o seu tempo por pensarem a frente dele. Homens que marcaram seu tempo por verem que o caminho a ser tomado era um caminho sem volta. Um caminho de graça, embora tivesse que passar por momentos de luta, sofrimento e dor com a convicção de que sua meta seria alcançada.

Homens que decidiram ou foram decididos pela inconformidade a qual viviam. Incomodados pelas injustiças. Incomodados pelo calor que ardia em seus corações. Homens como Francisco de Assis e Paulo de Tarso e como muitos outros que atuam na sociedade tirando das trevas pessoas que tinham, ou melhor, não tinham mais esperança. Homens que decidiram que o caminho era estreito e mesmo assim não desistiram de permanecerem nele.

Aqueles que depois de alcançados pela Graça ainda que sabendo que devido as suas convicções, Cristo razão da sua e minha existência, morreriam biologicamente, mas por terem sido alcançados viveriam para morrer na certeza de que como foram alcançados pela graça não conseguiram se conter e espalhariam a riqueza da mensagem do evangelho da transformação: O evangelho de Cristo e a mensagem da Cruz.

Assim também quero ser tão relevantes como estes homens e também mulheres o foram. Não importando como, se sorrindo ou se chorando, chegarei ao meu destino. Chegarei a Yeshua. “Os caminhos de Deus sempre serão melhores que os meus”, pois enquanto o Senhor colocar suas Palavras em mim, Ele mesmo me levará a pessoas que precisam ouví-las. Yeshua, autor e consumador da minha fé, aquele que é O CAMINHO!

Shalom

Everson, simplesmente Everson.

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