Minhas considerações a respeito da Expo Gospel, minhas porque são particulares, não representam as considerações de todo o Ministério CEI.
Tentei! Juro que tentei entrar na Expo Gospel com o coração aberto, pronto para um momento de comunhão com irmãos de outras denominações, adoração ao Eterno, boa Palavra, orações e arrependimento. Mas o que eu vi me escandalizou, e eu não sou de escandalizar facilmente.
Vamos por tópicos:
1º - Ao chegar à entrada da avenida, logo no portal, vi uma série de crianças transvestidas de mulheres, com roupas de dar vergonha até mesmo em prostitutas – Sei que falarão que o evento atrai não crentes, por isso o que eu vi não eram da igreja. Ah, tá! Será?
2º - Ao chegar à entrada do evento, senti-me como no Templo nos tempos de Yeshua, uma série de, desculpe-me a sinceridade, cambistas espirituais que diziam em alto e claro som: “– Venham e comprem um número e sejam abençoados! Comprem e concorram a esta moto! Abençoem-nos!” Sem esquecer que a motocicleta estava ali, logo depois de passarmos pelos “cambistas”. Eu não preciso comprar uma rifa para ser abençoado porque o meu Senhor não precisa de rifas para me abençoar, Ele me abençoa pela sua graça! E isso me basta!
3º - Cantar hinos de times, perguntando se quem estava ali era de time a ou time b, cá entre nós é coisa que se acha em shows seculares! Afinal de contas, ali não era uma EXPO gospel? – do inglês EXPO que significa uma coleção de coisas (equipamentos ou trabalhos) expostas ao público “Cristão”. Que tipo de trabalho foi exposto ali? O que foi demonstrado ali com estes cânticos utilizados na euforia clássica e Cesaria dos estádios e ginásios de esportes não têm relacionamento algum com a Palavra! Com santidade!
4º - Um número enorme de adolescentes se esfregando atrás das barracas que ali vendiam de tudo, de pipoca a mobília para templos. Nada contra as barracas. Contra sim, aquela demonstração pública de esfrega-esfrega e lambe-lambe que eu costumava ver e vivenciar quando não convertido era. Quando frequentava as micaretas, carnavais e festivais mundanos.
5º - Como de costume, uma série de cantores gospel locais que por conveniência denominacional cantavam para preencher tempo e acabar com a paciência de muitos. E quando os cantores destaques da noite eram convidados a subir para cantar já passava das 23 horas, quando não era meia-noite e 15 minutos, quando nosso querido André Valadão teve a sua oportunidade. Se eu fosse ele, subiria e pediria desculpas pelo horário e iria embora. Falta de responsabilidade com os de fora.
6º - Propagação da desordem e descompromisso de vários membros em relação a sua denominação: não foram poucos os relatos de pessoas de outras denominações que me contaram que diáconos, presbíteros, evangelistas, obreiros etc. que deixaram de cumprir com seus compromissos e escalas para estarem ali na Expo. E eu sei e conheço alguns infelizmente.
7º - Onde estavam os pastores, aqueles de nome, os TOPS que estavam nos cartazes e nas propagandas. Eles foram mesmo? Porque todos me dizem que somente o Marcos Gregório pregou. E muito rápido! Se não foram ou foram...aí...eu não tenho fonte.
8º - Para terminar. O que gerou todo este empreendimento? O que edificou? Tudo o que eu pude ver foi um show, apenas um show!
Estas são minhas considerações finas:
Onde está o ensino nas igrejas, o verdadeiro impacto que estes cantores e suas canções realmente têm gerado de SANTIDADE no meio desta cidade? Cresce o número de “evangélicos” em Cabo Frio, mas paralelamente cresce o número de meninas com roupas tão indecentes e vergonhosas que me entristece. Meninos que sua meta é agarrar, beijar e contabilizar quantas foram traçadas por eles.
Claro que não são todos. Claro que havia pessoas ali com a melhor intenção possível. Claro que havia pessoas santas ali. Mas o que se via mais era um péssimo testemunho de uma EXPO GOSPEL que não tinha muito do GOSPEL – God Spell – D’us fala!
Será que se tivéssemos uma EXPO onde o foco fosse arrependimento, oração, Palavra, transformação pelo agir e batismo do Espírito Santo, não teríamos um resultado concreto, ainda que de poucos, mas verdadeiros frutos?
Shalom
Everson Tavares, diácono, apenas diácono.